sábado, 1 de junho de 2019

                             DIA 1 DE JUNHO DIA DO  
               GUERREIRO DE SELVA





O militar-aluno do COS aprende que a resistência é um dos atributos mais importantes para o futuro Guerreiro de Selva. As Leis da Selva pregam que o combatente deve ter iniciativa, deve estar atento para não ser surpreendido, deve manter armamento, equipamento e o próprio corpo em boas condições, deve suportar o desconforto e a fadiga e ser moderado em suas necessidades, deve pensar e agir como caçador, ser ardiloso e combater sempre com inteligência.

Na selva, uma das regras principais é andar sempre acompanhado. O “canga”, forma como é chamado o companheiro, é o primeiro a prestar apoio. Além disso, outros dois companheiros inseparáveis são a mochila, que carrega todo o material para sobrevivência, e o fuzil que precisa estar sempre limpo e lubrificado, pronto para a hora do combate.

O ritmo das instruções é sempre intenso, como o objetivo de levar o aluno ao limite. Durante as três fases do curso, o acampamento é na selva. Na área, batizada de “alojamato”, as redes são montadas para os raros momentos de descanso, realiza-se a manutenção dos equipamentos e cada militar cuida de sua apresentação pessoal. Mesmo nessas condições, é exigido do aluno fardamento em bom estado, coturno limpo e engraxado, barba e cabelo aparados, cuidados que devem ser priorizados antes do descanso, independente da hora em que acabou a última atividade do dia. O calor, a umidade, a chuva que surpreende em vários momentos do dia e a atividade física e mental intensa geram um cansaço quase que insuportável, mas ninguém quer desistir.Visivelmente fadigados, em decorrência das instruções que terminaram há menos de três horas, os alunos aparecem marchando e entoando a canção do Guerreiro da Selva para entrarem em forma. Muitos enfrentavam a batalha contra o sono, enquanto outros dormiam em pé. A cobrança dos instrutores era o único fator que os mantinham em alerta. Aqueles que não correspondiam às exigências eram anotados ou recebiam advertências quanto à permanência no curso. Após a cerimônia, já com o dia claro, eles seguiram para um rápido café da manhã e iniciaram as instruções, como a de Tiro, Desembarque em Movimento, Técnica de Abordagem de Objetivo, até de madrugada, com breves intervalos apenas para almoço e jantar. “Dominar a Selva”, Posso afirmar como aluno e hoje Guerreiro de selva 3539 do CIGS, significa que o combatente está preparado para utilizar todos os recursos que estão em volta, a seu favor.

“É preciso estar preparado para combater nesse ambiente operacional. A missão do CIGS é especializar militares no combate na Selva e realizar pesquisas e experimentações doutrinárias para proteção e defesa da nossa Amazônia”, O COS tem duração de 12 semanas, divididas em três fases: Vida na Selva, Técnicas Especiais e Operações. Com a experiência de 56 anos de atividades na Amazônia, o CIGS se tornou referência internacional na preparação de militares e atualmente possui um curso exclusivo para militares estrangeiros de nações amigas, o Curso Internacional de Operações na Selva (CIOS). Com aproximadamente 7,000 (sete mil) Guerreiros formados no Centro de Instrução de Guerra na Selva eu sou o Gs 3539 COS 02/2 

Não é apenas uma especialização para o combate, o Curso de Guerra na Selva transforma “Soldados” em verdadeiros “Guerreiros” que descobriram na prática o real significado de um brado muito usado na região: “Tudo pela Amazônia! Selva!”. Exemplos disso são as várias gerações de Guerreiros de Selva que já “dominaram a Selva”, conquistaram a honra de ostentar o brevê com a “cara da onça” e até hoje fazem questão de manter o relacionamento estabelecido no decorrer do curso, pois "as amizades forjadas nas agruras da selva, jamais fenecem".

 FELIZ ANIVERSARIO SARGENTO                                VALMIR      SELVA                                                              01...